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domingo, 20 de janeiro de 2013

Psoríase: O que aconteceu comigo depois de agosto e setembro de 2012?

Comecei a tomar metotrexato sim, sem orientação médica, mas faria de mês em mês exames de sangue e consultaria um médico do posto pra ver se haveria alguma alteração nas enzimas hepáticas.

Contudo peguei um sol forte ao sair de bicicleta ao centro de minha cidade e na volta meu corpo parecia que iria explodir de tantas bolhas d’água. Minha mãe me levou num dermatologista daqui da cidade, que me deu remédios como um corticóide, um remédio pra coceira e uma pomada. 


Mas eu estava mal, e minha mãe me levou no posto. Eu não tinha vontade de ficar em pé, muito menos viva... Chorei muito, meu corpo estava todo arruinado, como o de uma pessoa que tem um caso grave de epidermólise bolhosa.

Mas enfim, no posto o médico foi tão inútil quanto uma pedra na estrada e só me deu uma injeção pra coceira e me mandou embora e disse:
- Deve procurar seu dermatologista e falar com ele.

E minha mãe havia ligado para o médico que ficava na cidade, mas ele estava viajando e não atendeu. Sem falar que não temos condições para pagar bons dermatologistas (a merda do capitalismo é isso, pobre é podre!).

Aí pedi se ele podia me encaminhar para o Hospital Universitário de Santa Maria, aqui no Rio Grande do Sul, o hospital referência do SUS mais próximo da minha cidade, fica à duas horas de viagem. 

Aí simplesmente ele disse:

- não posso, fale com seu dermatologista ou busque um.

Ai, eu quase morrendo... Cheguei em casa chorei, pedi a Deus que me levasse, eu não queria mais sofrer, eu preferia morrer do que sofrer mais do que sofri em toda vida. Transexualidade, psoríase, preconceito, homofobia, eu só queria paz.

Mas aí dormi... E no dia seguinte meu pai que mora na cidade de Santa Maria ligou pra minha mãe e ela contou, falou comigo e disse que era pra eu pegar minhas coisas e pegar um ônibus que ele mesmo me levaria no Pronto-Atendimento do HUSM (sigla que significa: Hospital Universitário de Santa Maria). Peguei o intermunicipal às 3 da tarde.

E cheguei lá, estava um pouco melhor, mas dentro da minha calça as bolhas estouravam, eu me sentia mal, sem fome e desanimado. 


Meu pai me levou no Pronto-Atendimento do HUSM e lá fui atendido por uma médica residente e seu professor e Doutor em Medicina. E eles detectaram que foi reação do medicamento à exposição ao sol, eu já sabia disso, mas precisava ser tratado. Lá estive 15 dias, tomei corticóide que abaixou meu sistema imunológico e tirou aquelas escamas terríveis da psoríase, bem como em auxilio ao tratamento das bolhas.

Contudo descobri o que eu já sabia, que estava com sarna junto com a psoríase. Sei que foi da nossa cadela, como eu postei aqui no blog. Ela pegou sarna quando entrou no cio e algum cachorro infestado passou pra ela e ela passou sem querer pra nós.

Os médicos do HUSM diziam:

Não sarna de cachorro não pega! Podem ficar com sua cadelinha.

Me surpreendi, pois a sabedoria popular é tão sabia quanto qualquer médico com diploma estampado na parede. E depois que saí do hospital, descobri pela internet que a sarna sarcóptica pega sim, é uma zoonose.

Bom, deixarei esse artigo pra depois. No total, sofri muito no hospital, os lençóis cheios de sangue e liquido das bolhas que estouravam. Fiquei no luxo, fui muito bem tratado pelos médicos e não tenho o que reclamar, já que fiquei num quarto isolado devido ao fato (eles não me disseram isso, mas descobri pela internet isso depois) de que com o corticóide o sistema imunológico abaixaria tanto que uma simples bactéria hospitalar me mataria em segundos, bom bactérias de hospital já são medonhas, imagine. Tomei por mais de 15 dias Prednisona, corticóide popular e muito eficaz.

Meu rosto inchou, me senti um monstro, sem falar que o residente que estava no lugar do outro médico residente que era o responsável por mim não soube me explicar porque eu estava com o rosto parecendo o corcunda de Notre Dame, esse residente ficou substituindo o médico residente responsável por mim num domingo e foi o ultimo dele, pois não sei se foi a minha face que o assustou ou a minha ira e decepção com tamanha inércia.
 

Sim fiquei com o rosto assim, kkkkkkkkkkkkkk. Mais ou menos, mas me sinto assim.





Pra piorar não podia fazer a barba. Mais um motivo para querer morrerrrrrrrrrr.



Mas enfim tudo acabou bem e eu continuei o tratamento à distancia até agora no hospital sendo atendido na área de dermatologia do hospital.


Contudo comecei a fazer depois injeções subcutâneas de metotrexato de 15 ml, que ao invés de adiantar alguma coisa não surtiram efeito nenhum. Ia uma vez na semana fazer essa injeção subcutânea lá, já que somente em hospitais desse porte se pode fazer isso.


Fiquei meses fazendo essa injeção de 15 ml, se não me engano era ml, ou m alguma coisa, não entendo de medidas.



A última consulta foi em janeiro e as médicas residentes decidiram aumentar a dose para 20.



E eu não fui fazer as injeções mais. Estou usando agora minha antiga pomada de dipropionatode betametasona (o,64 mg) + ácido salicílico (30 mg). E estou aparentemente melhorando.



Fazem três semanas que passo ela e está adiantando, além disso tomo banho de sol, agora posso, não to me matando com metotrexato né kkkkkkkkkkkkk.



Tomo o sol das 2 ou 3 da tarde, às vezes de 5 à 10 minutos cada lado, dependendo da minha pele, pois minha pele é tipo 1, tenho que ter cuidado. É o UltraVioleta que ativa a vitamina D na pele e a protege da mutilação que a psoríase provoca.



O engraçado é que uma Dra ilustre da qual fui duas vezes me receitou Acitretina pra psoríase, o nome dela é Dra. Shirley Matte, uma ótima médica, considerada a melhor de Santa Maria, mas a consulta um tanto salgada, 300 reais particular. Foi ela que me indicou dipropionatode betametasona (o,64 mg) + ácido salicílico (30 mg) aos 15 anos e banhos de sol, mas com cuidado.


Logo depois tive antes de tomar metotrexato uma segunda consulta com ela, eu agora com 20 anos. A Dra. Shirley poderia ter me indicado metotrexato, mas me indicou acitretina, pois ela com os anos de experiência da qual foi professora e médica da área de dermatologia do HUSM sabia que esse medicamento (o metotrexato) para mim não teria efeito, dado ao fato de minha psoríase ter se iniciado aos 15 anos, e quanto mais cedo inicia a psoríase mais difícil de se tratar. Do mesmo modo a medicação varia. Conheci um senhor que aos seus 50 anos surgiu psoríase nele, e com o metotrexato ela começou a desaparecer, mas cada caso é um caso. 


Quanto mais velha a pessoa, mais indicado é o uso de metotrexato, ao passo que mais jovens com a doença devem usar medicamentos mais fortes e caros como Acitretina, Humira e outros medicamentos caros e imunossupressores. Quanto mais cedo a psoríase aparece pior é seu diagnostico e tratamento e exige medicamentos mais avançados.



Bom continuando, agora, é ver pra crer. Até a próximas postagens.